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recado metafórico #

Era a noite dum sábado comum. Talvez não tanto comum como os seus antecedentes. É verdade, sou pequena mas tão grande ao mesmo tempo, tenho 15 anos, e quantos sábados já terei vivido na vida? Nem me vou dar ao trabalho de fazer cálculos, estou de férias e as férias é para terem esse mesmo objectivo, não ter trabalho, não se fazer nada. Mas bem, eu já passei inúmeros Sábados na minha vida, mas, quantos deles foram especiais? Quantos deles marcaram a minha vida? E aposto que, tu, tu que estás a ler isto já deves ter pensado que eu estou a tentar contar a história marcante que me acontecera no Sábado á noite, mas não. Eu  como pessoa "engraçada" que sou, estive este tempo todo a descrever que há coisas na vida que não se esquecem, que ficam gravadas, só para vos contar algo irrelevante mas que me fez chegar através de pensamentos e lembranças a algo deveras relevante.
Começando de novo, era de noite num sábado normal, e eu decidi fazer umas arrumações na secretária do meu quarto. Reparei que, como sempre, não ponho nada no sitio que deveria estar, desarrumo e não arrumo, faço mil e uma trapalhadas. Mas o maior problema estava nos fios electrónicos das coisas que eu mais utilizo na minha vida: os carregadores dos meus telemóveis  o carregador do meu portátil, a ficha do meu candeeiro que utilizo para os meus diversos afazeres na minha secretária. Todos estes preciosos utensílios ficam a residir no mesmo canto do móvel, e como podem concluir, fica uma salgalhada de cabos, ficam todos embaraçados, quase que nós cegos. Então, quase que numa missão impossível  eu sentei-me no meio do chão, gélido, a tentar desembaraçar aquela confusão, e estava a ser um trabalho árduo. Como estava sozinha, no silêncio que se propagava por toda a casa, como já é rotineiro, e aposto que não é algo que só acontece á minha pessoa, dei por mim a pensar na minha tão meticulosa e complexa vida. E sabem o que eu reparei? Pois, que a minha vida estava precisamente igual ao que eu tinha em frente dos meus globos oculares: toda confusa, uma embrulhada, um puzzle sem pés nem cabeça, sem meios de se lhe ver um fim. E sabem o que mais observei? Pois, que para resolver isto, tanto o motim de fios como a minha vida, a solução era usar as minhas próprias mãos, desencadear acções. Só para verem, o que uma tarefa, um simples acto, pode remexer com a nossa mente de tal forma, que nos faz de imediato criar metáforas, e a partir destas, influência-nos a tentar mudar mesmo o que está de mal, a derrubar obstáculos.
Só para que saibam, eu consegui resolver o conflito dos fios, e agora não estão todos no mesmo sitio, impedindo assim de aquele acontecimento suceder de novo. Quanto á minha vida? Ainda estou a tentar pôr mãos á obra, há coisas nesta vida, difíceis de entender. Mas como sempre me disseram, " mais vale tarde do que nunca ".

1 comentário:

  1. Estou em anónimo, porque tenho vergonha de me identificar.
    A simplicidade do teu blog é incrível, mas mais incrível, é como esse teu texto, fez-me pensar, fez.. fez-me pensar que não devemos desistir perante obstáculos, e que por mais difícil que pareça, existe uma solução, uma solução que se tivermos força de vontade, iremos descobrir. Obrigada mesmo por este momento, pequeno, mas que fez-me pensar que a vida é feita de problemas, mas é apenas um desafio para nos testar..

    OBRIGADA MESMO :')

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